ESPAÇOS DE PODER NA ESCRITA DE CLARICE LISPECTOR E DE CONCEIÇÃO EVARISTO: O FLORESCER DE UMA OUTRA MACABÉA
Conceição Evaristo. Clarice Lispector. Corpo feminino. Decolonização. Memória.
A dissertação intitulada “Espaços de Poder na Escrita de Clarice Lispector e Conceição Evaristo: O Florescer de uma Outra Macabéa” analisa a escrita de Clarice Lispector e de Conceição Evaristo, focando em suas contribuições para a desconstrução de estereótipos femininos e ampliação das representações de mulheres, principalmente aquelas marginalizadas e subalternas. Propõe-se um estudo crítico-comparativo das obras A Hora da Estrela (1977) de Lispector e Flor de Mulungu (2023) de Evaristo, explorando as representações de personagens femininas que enfrentam opressões estruturais relacionadas à pobreza, ao patriarcado e ao racismo. A pesquisa investiga como ambas as autoras criam personagens que resistem à marginalização, construindo narrativas em que raça, gênero e classe se entrelaçam, oferecendo novas perspectivas sobre a identidade feminina e negra. A análise se baseia em uma abordagem interseccional, sustentada pelos conceitos de decolonialidade, memória cultural e escrivivência, ressaltando as dinâmicas de poder e resistência presentes nas narrativas de ambas as escritoras. Entre os autores teóricos utilizados estão a própria Evaristo (2005; 2008; 2018), Compagnon (2003), Quijano (2005), Hall (2006), Dalcastgnè (2008) Tzvetan Todorov (2009), Walter Benjamin (2009) e Schøllhammer (2011).