A presente dissertação analisa a imagem feminina contemporânea sob uma perspectiva crítica, examinando a representação da mulher em dois tipos de linguagens: o texto e a imagem. Este estudo concentra-se nas obras da escritora Jia Tolentino e da fotógrafa Ursula Jahn, cujos textos e imagens transcendem as subjetividades das autoras e abordam diversas questões femininas, revelando a complexa experiência da mulher contemporânea. O livro Falso Espelho: Reflexões sobre a Autoilusão (2020) de Jia Tolentino e as fotografias de Ursula Jahn (2015 – 2022) propõem reflexões acerca da imagem da mulher, evidenciando seus espaços biográficos na atualidade. A pesquisa examina como a imagem feminina é construída e reproduzida nos dias de hoje e quais são suas origens sociais. Para isso, apresenta uma revisão teórica abrangente sobre a imagem feminina, abordando questões como estereótipos de gênero, objetificação e idealização da beleza. O estudo recorre às reflexões de Leonor Arfuch (2010, 2012) sobre o conceito de espaço biográfico contemporâneo; Simone de Beauvoir (2019), Judith Butler (2019) e Naomi Wolf (2020), que escrevem sobre a experiência feminina e estereótipos de gênero; e Roland Barthes (2018), Susan Sontag (2004, 2009) e Margarida Medeiros (2000) que apontam questões sobre imagem e fotografia. Essa combinação de análise teórica e prática oferece uma abordagem rica e multifacetada para entender e representar a experiência feminina contemporânea, contribuindo para um discurso mais inclusivo e consciente nas esferas acadêmica e cultural.