Co-Inoculação de Azospirillum, Bacillus e Rhizoglomus em sistema de produção de milho orgânico
Azospirillum. Bacillus. Rhizoglomus. Inoculação à campo. Milho crioulo. Produção orgânica. Bioinsumos.
O mercado para grãos orgânicos de milho é crescente no Brasil e o suprimento desta demanda requer a adoção de estratégias de cultivo sustentáveis. A inoculação de microrganismos pode incrementar a produtividade e sustentabilidade dos cultivos. Neste sentido, avaliamos o efeito da co-inoculação de Azospirillum, Bacillus e Rhizoglomus em sistema de produção de milho orgânico na região central de Minas Gerais. Na safra 2021/2022 em Capim Branco (CB), com milho crioulo inoculado com Azospirillum, Bacillus e Rhizoglomus. Em São Sebastião D’Oeste (SSO), com BRS Caimbé e BRS 1060 inoculado com Bacillus e Rhizoglomus. Os tratamentos foram dispostos em faixas com três repetições. Na safra 2022/2023 em Sete Lagoas (SL), BRS Caimbé foi inoculado com Azospirillum, Bacillus e Rhizoglomus, em delineamento fatorial 2x2x2 em blocos casualizados com 5 repetições. A fertilidade química e biológica foi avaliada (BioAs) antes dos plantios. As variáveis estudadas foram atividade enzimática no solo, taxa de colonização micorrízica e produtividade. Não houve diferença estatística na produtividade nas duas safras avaliadas (Crioulo CB, Caimbé e BRS 1060 SSO e Caimbé SL 5094,23; 6745,3 e 5198,77 e 6309,42 Kg/ha respectivamente). A atividade enzimática da arilsulfatase e betaglicosidase 501 e 174 em CB e 402 e 145 em SSO, e 315 e 282 μg PNF/g.h em SL respectivamente – atingiram a faixa ótima pelo BioAS. A taxa de colonização micorrízica foi estatisticamente superior na área cultivada com BRS 1060, porém o maior valor médio foi no tratamento não inoculado, 57,66%. Em CB houve incremento da produção do milho crioulo inoculado com Bacillus e co-inoculado com Azospirillum, Bacillus e Rhizoglomus, 21 e 17 sacas, respectivamente a mais que o controle. Em SSO a produtividade do BRS Caimbé atingiu os maiores índices quando co-inoculados com Bacillus e Rhizoglomus, 112 sacas/ha – 13 sacas a mais que o controle, a produtividade do BRS 1060 foi maior no tratamento não inoculado, 95 sacas/ha. Em SL, a produtividade do BRS Caimbé foi maior no tratamento não inoculado (107 sacas). Este nível de produtividade é similar ao do Caimbé em SSO inoculado com Bacillus e Rhizoglomus – demonstrando que a resposta à inoculação é dependente de variáveis edafoclimáticas locais.