Estudos sobre a produção de etanol e biodiesel no Brasil e no mundo vem ganhando cada vez mais destaque, dado a urgência em se criar alternativas sustentáveis para substituir reservas de combustíveis fósseis. Vários setores buscam tecnologias que possam contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental. Uma atrativa fonte de matéria prima para a obtenção de etanol é a biomassa lignocelulósica, gerada durante as atividades extrativistas de plantas oleaginosas nativas do país e geralmente descartadas como subproduto. A palmácea tucumã é uma oleaginosa utilizada, principalmente, nas regiões norte e nordeste do país, como fonte de alimento e também pela indústria de cosméticos. Seu fruto é muito apreciado e é a partir do qual se obtém uma amêndoa com alto teor de óleo, que vem sendo testado como potencial uso para obtenção de biodiesel. A conversão de biomassas em açúcares fermentáveis é considerada uma alternativa promissora para aumentar a produção de etanol. Uma das primeiras etapas do processo é a hidrolise das fibras de celulose e hemicelulose da biomassa, liberando polímeros e açucares fermentáveis, como xilose. As pentoses oriundas da hidrólise da fração hemicelulósica precisam ser fermentadas para transformarem em etanol. Esse processo pode ser realizado por microrganismos com capacidade fermentativa, principalmente leveduras, que aumentariam o rendimento da produção de bioetanol e diminuiria os custos com enzimas comerciais. O objetivo principal deste trabalho é explorar o potencial bioenergético da biomassa de tucumã, isolando leveduras fermentadoras de pentoses naturalmente ocorrentes nesta biomassa, além de avaliar as melhores condições dos processos fermentativos para obtenção de etanol e xilitol a partir de hidrolisados da biomassa de tucumã.