Banca de DEFESA: SENHORINHA RIBEIRO DE OLIVEIRA SANTOS SILVA
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SENHORINHA RIBEIRO DE OLIVEIRA SANTOS SILVA
DATA : 26/02/2025
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/cke-grsz-eud
TÍTULO:
NARRATIVAS DE MULHERES NEGRAS AGENTES COMUNITÁRIAS DE SAÚDE: INTERSECCIONALIDADE E RELAÇÕES DE PODER
PALAVRAS-CHAVES:
Agentes Comunitárias de Saúde, Interseccionalidade, Relações de poder.
PÁGINAS: 222
RESUMO:
RESUMO
Introdução: A função de ACS tem condição basilar na estruturação do SUS e é ocupada em
sua grande maioria por mulheres. Aliado a isso as desigualdades de gênero, raça e classe impõe
a este grupo um cenário peculiar e de desafios. Neste estudo parte-se da premissa que as
trabalhadoras negras, na função de ACS no SUS, vivenciam no cotidiano de trabalho, relações
de poder que sofrem atravessamentos interssecionais de gênero, raça e classe. As evidências
científicas e a prática assistencial apontam para a necessidade de analisar como esse
tensionamento pode causar repercussões na vida laboral dessas profissionais e da comunidade
a qual assistem. Objetivo: Compreender as relações de poder no cotidiano interseccional de
mulheres negras na função de ACS. Método: Pesquisa qualitativa, orientada pelo referencial
conceitual da Escrevivência, que teve como cenário um município da região centro-oeste de
Minas Gerais – Brasil. Os dados foram coletados a partir de um roteiro de entrevistas em
história oral, direcionado a doze ACS que se autodeclararam negras. A interrupção de novas
entrevistas se deu pela técnica da saturação teórica. Após a transcrição das entrevistas seguiu
se com a construção de narrativas, que foram submetidas a análise temática indutiva.
Resultados: Os resultados evidenciaram a categoria relações de poder e interseccionalidade
no cotidiano de ACS mulheres negras, apresentados em formato de Escrevivência em dois
artigos intitulados “Narrativas de mulheres negras Agentes Comunitárias de Saúde:
interseccionalidade e relações de poder” e “Interseccionalidade na Práxis de mulheres negras
Agentes Comunitárias de Saúde”. Considerações finais: A pesquisa nasceu do letramento
racial, que ampliou minha compreensão das desigualdades sociais, especialmente para
mulheres negras, incluindo a mim, uma mulher parda. Ao conhecer as histórias das ACS,
percebi a importância de seu protagonismo, frequentemente invisibilizado, na luta contra o
racismo e o sexismo. Essa experiência não foi apenas acadêmica e desafiou-me a refletir sobre
minhas próprias vivências interseccionais. Mulheres negras enfrentamos múltiplas opressões,
mas também carregamos uma força ancestral que nos impulsiona à reinvenção.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1475791 - PATRICIA PINTO BRAGA
Externa ao Programa - 2361692 - ISABELA SARAIVA DE QUEIROZ
Externa à Instituição - CECÍLIA MARIA IZIDORO PINTO - UFRJ