Diversidade, composição e estrutura da comunidade de epífitas vasculares em uma população disjunta de Vellozia gigantea (Velloziaceae), uma espécie ameaçada
Campos rupestres, ecologia de comunidades, epifitismo, forófito, relação plantaplanta
Os campos rupestres figuram entre os ecossistemas mais biodiversos e ameaçados do Brasil,
abrigando elevado endemismo e espécies emblemáticas como Vellozia gigantea (Velloziaceae).
Tradicionalmente restrita à Serra do Cipó (MG), essa espécie ameaçada foi recentemente registrada
em uma população disjunta na Serra do Padre Ângelo (SPA), região ainda sem proteção legal e sujeita
a pressões antrópicas intensas. Além de sua importância estrutural no ecossistema, V. gigantea atua
como forófito para comunidades de epífitas vasculares, cuja diversidade e composição podem refletir
o estado de conservação local. Este projeto tem como objetivo inventariar e analisar a diversidade,
composição florística e estrutura da comunidade de epífitas associadas a V. gigantea na SPA,
categorizando-as conforme suas estratégias ecológicas. A pesquisa aplicará métodos padronizados de
amostragem, análise florística e métricas de diversidade alfa e beta, além de identificar espécies
indicadoras. Os resultados contribuirão para compreender a influência da morfologia de V. gigantea
na organização das comunidades epifíticas e fornecer subsídios para estratégias de conservação tanto
da espécie quanto do ecossistema dos campos rupestres da Serra do Padre Ângelo.