A AÇÃO ENQUANTO FUNDAMENTO POLÍTICO NO PENSAMENTO ARENDTIANO
Ação; pensamento; política
A análise do conceito de ação no pensamento de Hannah Arendt, com destaque sobre sua centralidade na política e na história ocidental, é o eixo do presente trabalho. Como exposto em obras como A Condição Humana e As Origens do Totalitarismo, a ação é apresentada como uma categoria que articula a diferença entre ação e contemplação, a relação entre o privado e o público, e as diversas interpretações históricas da política. O estudo se organiza em dois capítulos principais. O primeiro explora a distinção entre trabalho, obra e ação, mostrando que a ação se manifesta no espaço público através da interação e do discurso, sendo essencial para a liberdade e a construção política. No segundo capítulo, investiga-se a evolução histórica do conceito de ação, desde a Grécia Antiga, onde a ação era ligada à vida pública da polis, até a Modernidade, que desloca o foco para o trabalho e a produção, levando à alienação do indivíduo. A dissertação também discute a crítica de Arendt à Modernidade, que vê o trabalho como o núcleo da experiência humana, e sua oposição a visões que reduzem a ação política à produção econômica. O trabalho conclui com uma reflexão sobre as influências de Arendt no pensamento contemporâneo, como o republicanismo e o comunitarismo, e sua contribuição para compreender questões como poder, violência e autoridade evidenciando a relevância e atualidade de seus conceitos e reflexões.