Banca de DEFESA: CARLOS EDUARDO RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CARLOS EDUARDO RODRIGUES
DATA : 25/04/2024
HORA: 09:00
LOCAL: meio virtual
TÍTULO:

SUBLIMAÇÃO E SINTHOME: UM SABER-FAZER, UM SABER-ESCREVER E UM SABER-LER  


PALAVRAS-CHAVES:

sublimação, sinthome, a Coisa, lógica, cadeia borromeana, corpo, escabelo.


PÁGINAS: 398
RESUMO:

A presente tese discute os conceitos de sublimação e sinthome em psicanálise. Esta é uma pesquisa teórica em psicanálise. O objetivo de nosso trabalho é entender se existe alguma relação entre esses dois conceitos e o motivo pelo qual Lacan deixou de usar o conceito de sublimação, já bem elaborado em seu ensino, e passou a utilizar o conceito de sinthome ao tratar do caso do artista James Joyce. Para tanto, partimos de uma investigação minuciosa da obra freudiana com a intenção de fazer um mapeamento de todos os pontos significativos em que Freud aborda o conceito de sublimação bem como suas articulações conceituais. Da mesma forma, investigamos os trabalhos de Lacan até seu VII seminário, no qual ele traz sua principal definição concernente à sublimação, aquela que coloca a sublimação como o processo, que consiste em elevar o objeto à dignidade da Coisa (das Ding). Das Ding é objeto para sempre perdido. É o objeto perdido da história humana, conceito fundamental para entendermos a problemática da sublimação em Lacan. Discutimos a sublimação como o que dá à pulsão seu verdadeiro estatuto. A sublimação está do lado da criação, e não da restauração. Num segundo momento, abordamos a sublimação a partir do “Seminário XIV”, que conta com novos recursos conceituais e metodológicos, como o objeto a, a lógica e a topologia. Discutimos, também, a sublimação em articulação com outros conceitos, tais como: a repetição, a alienação, a transferência, a passagem ao ato e o acting-out. Lacan, no seminário XIV, nos diz que não há ato sexual. Porém, entendemos que a sublimação é uma solução para a satisfação sexual que não há, assim como o sinthome faz existir a relação, mas não a equivalência entre os sexos. Discutimos, ainda, a relação da Mulher com das Ding. Através do amor cortês, como paradigma de sublimação, a Mulher é elevada à dignidade da Coisa. Entendemos que foi o atravessamento do corpo o principal motivo pelo qual Lacan deixou de usar a sublimação no seminário XVI, e, no XXIII, viesse a utilizar o sinthome. Num terceiro momento, antes de abordar o sinthome, abordamos os registros do Real, do Simbólico e do Imaginário, para chegarmos ao nó borromeano, que, por sua vez, sustenta o Real. Vimos que o sinthome é uma referência aos Nomes-do-Pai. Ele é diferente do sintoma-metáfora e do sintoma-letra. Ele é uma reparação na cadeia borromeana ou no nó exatamente onde o lapso aconteceu. Chegamos, então, ao escabelo, que é uma sublimação no seu cruzamento com um narcisismo revisitado por Lacan, como crença de que o falasser tem um corpo. Concluímos que a sublimação é o que trata o gozo do corpo, e o sinthome sustenta o corpo, enlaçando os três registros e permitindo que, depois de fazer sinthome, podemos chegar à sublimação e, portanto, através do escabelo, ao UOMem singularizado.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1352910 - WILSON CAMILO CHAVES
Interno - 2510037 - WALTER MELO JUNIOR
Externa ao Programa - 1424013 - MAGALI MILENE SILVA
Externa à Instituição - CLÁUDIA APARECIDA DE OLIVEIRA LEITE - UEMG
Externo à Instituição - ROBERTO LOPES MENDONÇA - UNIFOR
Notícia cadastrada em: 26/03/2024 09:32
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