Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA CLARA DELGADO SANTELLI

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CLARA DELGADO SANTELLI
DATA : 06/09/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Online
TÍTULO:

SOBREVIVER PARA ALÉM DAS PALAVRAS: POESIA E RESISTÊNCIA NO ENCONTRO ENTRE ALBERTO PUCHEU E CARLOS DE ASSUMPÇÃO


PALAVRAS-CHAVES:

poesia, resistência, contemporaneidade, identidade, sobrevivência


PÁGINAS: 39
RESUMO:

Esta pesquisa pretende investigar a poética transpassada pela ideia de resistência em
nosso conturbado contexto, utilizando como norte o cruzamento potente entre a escrita
do professor/poeta/crítico Alberto Pucheu e do poeta/professor/advogado Carlos de
Assumpção, sendo o último considerado um dos decanos da literatura afro-brasileira.
As obras utilizadas são: para que poetas em tempos de terrorismos? de Pucheu,
publicada em 2017 e Não pararei de gritar, de Carlos Assumpção, publicada em 2020.
O filme Carlos de Assumpção: protesto, produzido por Pucheu, também é basilar na
construção desta pesquisa. No que tange a inscrição do trabalho em nosso tempo,
abriremos um panorama da contemporaneidade, explicitando suas marcas estéticas e
sociais. Florencia Garramuño (2014) e o próprio Pucheu nos ajudam a entender esse
processo. O estudo expõe as dinâmicas das identidades e busca os paradoxos
existentes no que a poética pode construir sobre os sentidos nacionais, especialmente
em momentos de crise, para isso o martinicano Édouard Glissant (2005) interessa
muito a essa pesquisa, junto de outros nomes como Asad Haider (2019) e Lilia
Schwarcz (2018). Pretende-se analisar de que maneiras a poesia assume sua função
política atualmente, especialmente através das palavras - implícitas e explícitas - dos
autores e teóricos estudados, considerando também sua ação para além de apenas
palavras. Sem medo de adentrar aos chamados ‘’lugares-comuns’’ e levando em
consideração o esgotamento das ideias de originalidade que se manifestavam através
de obras primas clássicas, procura-se lançar luz ao cotidiano conturbado de uma
nação com disparidades sociais gigantescas, mas que possui em si uma imensa
profundidade de manifestações culturais e uma língua afiada para se narrar-
questionar-protestar. Contar as histórias de extermínios é uma forma de escancarar
suas dores e, quem sabe, reparar ainda seus efeitos. Sobreviver para além das
palavras é hoje uma questão no centro da política da vida.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALEXANDRE GRACA FARIA - UFJF
Presidente - 435041 - MARIA ANGELA DE ARAUJO RESENDE
Notícia cadastrada em: 06/09/2022 09:12
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