Banca de DEFESA: Amanda Reis de Castro

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Amanda Reis de Castro
DATA : 26/09/2023
HORA: 14:30
LOCAL: On Line
TÍTULO:

O que dizer, se não gritar? : uma análise discursiva dos gritos feministas na América Latina (2015-2020)

PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Fórmula Discursiva. Gritos.  Funcionamento discursivo.

PÁGINAS: 91
RESUMO:

As mobilizações de mulheres contra a ordem patriarcal ocuparam notoriamente as ruas da
região latino-americana entre os anos de 2015 e 2020. A presente dissertação de mestrado busca
interpretar o funcionamento discursivo do levante de mulheres latino-americanas reunidas nas
ruas. Para isso, parte-se da obra A potência feminista ou o desejo de transformar tudo, da
acadêmica e ativista Veronica Gago (2020). No livro-manifesto, Gago sistematiza os principais
gritos enunciados nas mobilizações de mulheres e os analisa a partir de suas dimensões sócio-
políticas. Nosso empreendimento teórico-analítico busca explorar as dimensões linguístico/discursivas dos gritos compilados pela autora, tendo como principal foco a discussão dos gritos “Ni Una Menos”, “Ele Não” e “Nunca Más Sin Nosotras”. Tais gritos são  proeminentes devido a sua alta circulação, o que faz com que nomeiem as marchas em que circulam. Além disso, buscamos compreender como os gritos se associam às possibilidades de enunciação coletiva das multidões de mulheres. Para tanto, convocamos autores de diferentes campos da Análise do Discurso de escola francesa, que dialogam com o fenômeno que buscamos observar. Logo, assumimos como principais referências os trabalhos de Pêcheux (1983), Krieg-Planque (2010), Maingueneau (2014), Modesto (2018) e Baronas e Araújo (2019). Em termos metodológicos, partimos da noção de redes de substituição, inspiradas nos debates metodológicos da Semântica da Enunciação, enquanto um mecanismo que nos permite sistematizar substituições parafrásticas utilizadas ao longo do trabalho analítico com os gritos. Tal processo nos permite concluir que os gritos feministas operam a partir de três relações
dicotômicas que sintetizam nossas elaborações: (i) o uno e o múltiplo, (ii) o sim e o não, (iii) a
ausência e a presença. Tais relações dicotômicas explicam como os gritos operam permitindo
uma multidão de mulheres enunciar.

MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2141488 - NADIA DOLORES FERNANDES BIAVATI
Interna - 2141391 - LUCIANI DALMASCHIO
Externo à Instituição - ROBERTO LEISER BARONAS - UFSCAR