Banca de DEFESA: CARLOS HENRIQUE SERPA DO CARMO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CARLOS HENRIQUE SERPA DO CARMO
DATA : 06/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Defesa remota pela Plataforma Google Meet pelo link https://meet.google.com/omx-uyfg-jge?authuser=0
TÍTULO:

REVISITANDO GILEAD SOB UMA PERSPECTIVA DESCOLONIZANTE:

O EMPODERAMENTO FEMININO E A RESSIGNIFICAÇÃO DA IDENTIDADE CANADENSE EM OS TESTAMENTOS, DE MARGARET ATWOOD

                            


PALAVRAS-CHAVES:

Margaret Atwood; Os Testamentos; descolonização; empoderamento feminino; identidade canadense.


PÁGINAS: 191
RESUMO:

Trinta e quatro anos após a publicação de O Conto da Aia (1985), um romance que veio a se tornar um clássico da literatura distópica graças a sua capacidade de especular, de forma assustadoramente precisa, sobre o futuro da humanidade, Margaret Atwood lançou Os Testamentos (2019), sua tão aguardada sequência. Neste último romance, a autora canadense revisita a teocrática República de Gilead a partir de três novas perspectivas — as de Tia Lydia, Agnes e Daisy —, respondendo a algumas das perguntas que, por mais de três décadas, permearam a mente de seus leitores. Pode-se afirmar, no entanto, que o mais novo romance de Atwood detém o mesmo potencial seminal de seu antecessor? Tendo em vista que a literatura influencia e é influenciada pelos processos sociais que abarcam a experiência humana, de que forma os Testamentos pode contribuir para a resolução das novas problemáticas político-culturais do século XXI, tais como os constantes ataques aos direitos das mulheres e o avanço do neoimperialismo estadunidense sobre países pós-coloniais como o Canadá? Seria possível considerar Os Testamentos um romance descolonizante, dado o modo subversivo e revolucionário com que essa sequência desenvolve suas protagonistas-narradoras? Ao investigarmos esse romance com vistas à resolução dessas problemáticas, constatamos, a partir de aspectos da crítica feminista (DuPlessis, 1985; Showalter, 1994, 2009; Zolin, 2009a, 2009b) e da teoria pós-colonial (Bezerra, 2020; Bonnici, 2007; Hall, 2006), que o referido romance enseja oportunidades para o empoderamento feminino (Moraes, 2022; Sardenberg, 2016) e para a ressignificação da identidade cultural canadense (Atwood, 2004; Miljan, Cooper, 2005; Oliveira, 2021). Dessa forma, torna-se possível afirmar que Os Testamentos é um romance oportuno e poderoso que contribui para a adoção de uma mentalidade mais crítica por parte de seus leitores, visto que promove uma descolonização (Braga, 2018; Mignolo, 2017) das relações políticas, culturais e de gênero que perpassam mulheres e sujeitos pós-coloniais tanto dentro quanto fora do seu universo ficcional.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1373473 - LUIZ MANOEL DA SILVA OLIVEIRA
Interno - 1719890 - JOAO BARRETO DA FONSECA
Externa à Instituição - GLAUCIA RENATE GONCALVES - UFMG
Notícia cadastrada em: 02/10/2023 10:33
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