Banca de DEFESA: EDUARDO HENRIQUE DE PAULA RIBEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDUARDO HENRIQUE DE PAULA RIBEIRO
DATA : 01/12/2023
HORA: 14:00
LOCAL: plataforma online; Google meet; http://meet.google.com/kjo-ivns-zrt
TÍTULO:

Ausência de Melatonina Materna no Neurodesenvolvimento e Sua Relação com o Espectro Autista: Alterações na Na,K-ATPase e Estresse Oxidativo nos Hipocampos de Ratos Wistar


PALAVRAS-CHAVES:

Melatonina, Autismo, Na,K-ATPase, Estresse oxidativo, Hipocampo


PÁGINAS: 43
RESUMO:

A melatonina, hormônio produzido pela glândula pineal, regula o ciclo circadiano e atua como um potente antioxidante. Ela é fornecida pela mãe à prole, sendo crucial para um neurodesenvolvimento adequado. Disfunções da glândula pineal materna podem aumentar a susceptibilidade do feto ao autismo (transtorno do espectro autista, TEA). O TEA se manifesta em dificuldade de interação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos. O hipocampo, uma região cerebral implicada na exploração e comportamento social, mostra-se alterado em indivíduos com TEA. Essas alterações podem estar ligadas a um desequilíbrio na homeostase do estresse oxidativo que, por sua vez, pode modificar a atividade enzimática da Na,K-ATPase. O objetivo deste estudo foi avaliar, através de biomarcadores do estresse oxidativo e da atividade enzimática de Na,K-ATPase, se a ausência de melatonina materna no período gestacional e pós-natal induz alterações bioquímicas similares às observadas no TEA na prole. Para isso, utilizamos dois modelos de ratos Wistar: filhotes de fêmeas que foram tratadas com 500 mg/Kg de ácido valproico (VPA) i.p. no 12,5º dia gestacional, como modelo de autismo, e filhotes que se desenvolveram na ausência de melatonina materna, gerados por fêmeas que tiveram a produção de melatonina interrompida pela retirada da glândula pineal, cirurgia denominada de pinealectomia (PTX), antes do período gestacional. Os resultados indicaram similaridades entre o perfil oxidativo do modelo VPA com o PTX, em que ambos obtiveram um decréscimo nos níveis de Glutationa reduzida (GSH), porém não foram alterados os níveis de peróxido de hidrogênio (H2O2) nem os níveis de indicadores de peroxidação lipídica da membrana plasmática (TBARS). A ingestão de melatonina exógena não foi capaz de alterar esse perfil. Nossos resultados apontam que a atividade da Na,K-ATPase total e da subunidade α1 não foi alterada no grupo VPA, porém as subunidades α2,3 se mostraram elevadas. Em PTX, encontramos um aumento da atividade total e nas subunidades, α1 e α2,3, porém essas alterações só foram encontradas em fêmeas. A ingestão de MEL pode reverter essas alterações na atividade total e em α2,3 mas não teve efeito em α1. Nossos resultados sugerem que a ausência de melatonina materna pode influenciar no processo de neurodesenvolvimento do feto durante o período gestacional, através de alterações no perfil oxidativo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1716801 - CRISTIANE QUEIXA TILELLI
Externo ao Programa - 3295713 - ISRAEL JOSE PEREIRA GARCIA
Externo à Instituição - ROBINSON SABINO DA SILVA - UFU
Notícia cadastrada em: 23/11/2023 07:28
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