A Lei de Inovação, oficialmente denominada como Lei n.º 10.973/2004 veio a refletir em mudanças na configuração das Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) bem como na relação universidade-empresa. A partir dela veio a necessidade de criação dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs), com o propósito de equiparar a forma de tratamento das políticas institucionais de inovação, dando aos respectivos Núcleos, maior autonomia de atuação. Em se tratando de inovação na região Campo das Vertentes no Estado de Minas Gerais foi identificado que não existe um mapeamento da inovação nessa região, havendo apenas informações gerais da inovação neste Estado e o mapeamento da inovação na região Centro-Oeste Mineira. O objetivo deste estudo foi realizar o mapeamento da inovação gerada nas Instituições de Ensino Superior públicas e privadas sediadas nas cidades da região Campo das Vertentes de Minas Gerais. Posto isto, desenvolveu-se um estudo de caráter quantitativo, com base na aplicação de um questionário semiestruturado junto a 6 (seis) gestores dos NIT das Instituições de Ensino Superior públicas e privadas, sediadas nas cidades que compõem a região Campo das Vertentes: Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais - Campus Barbacena; Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) - Campus São João del-Rei; Universidade Federal de Lavras (UFLA); Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais - Campus São João del-Rei; Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) - Campus Barbacena; Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves  (UNIPTAN). As perguntas foram relativas à inovação gerada apenas nos campi das IES e não na instituição como um todo. Os resultados revelam que as IES sediadas na região Campos das Vertentes, apesar dos anos, enfrentam grandes desafios no que se refere ao desenvolvimento da inovação. Ao comparar o grau de inovação entre as IES, os dados demonstraram um contraste entre as instituições. Observou-se a predominância de avanço no que se refere à inovação nas instituições públicas. Ademais, enquanto uma apresenta que dispõe de pessoal, estrutura e um número de proteção intelectual significativo, percebe-se que outras encontram-se em processo de desenvolvimento. Enfrentar esses desafios requerem propostas de inovação e políticas públicas mais efetivas, bem como apoio governamental para atrair recursos humanos qualificados e recursos financeiros. Faz-se necessário construir uma cultura de inovação, com políticas de difusão de tecnologia que alcancem a comunidade acadêmica em sua totalidade, assim como, ações voltadas para o desenvolvimento e concretização da transferência de tecnologia. Simultaneamente, descentralização dos processos relacionados à inovação para minimizar os entraves burocráticos, otimizando o tempo e concedendo autonomia aos NITs.