É possível fundamentar a “teoria internista sobre motivações” através da neurociência?
Metaética; Internismo; Neurociência; Epistemologia moral; Ontologia moral; Psicologa moral.
O Presente projeto explicita a necessidade de ser feita uma análise da contradição entre teorias internistas e a conexão entre os processos cerebrais e o comportamento moral. A teoria metaética internista nos apresentada por Michael Smith nos diz que: “Se um agente acredita que Φ é o certo a se fazer na circunstancia C, então ele está também motivado a fazer Φ no contexto C”. Ou seja, de acordo com essa teoria, podemos dizer que um sujeito considera que x é “certo” ou “errado” de acordo com a motivação que ele manifesta tem sobre essa ação. Adina Roskies apresenta sua pesquisa dizendo que estudos da neurociência nos apresentam pacientes com dano no córtex pré-frontal, esses pacientes são capazes de gerar crenças em relação a assuntos morais, mas por algum motivo falham em agir de acordo com essas crenças. Portanto, para Roskies, existe uma contradição entre a teoria internista e os fatos apresentados pela neurociência.
Por outro lado, quando investigamos mais a fundo as pesquisas da neurociência em conjunto com a psicologia moral encontramos um problema ainda maior, alguns dos processos conhecidos que originam o que chamamos de moralidade surgem no cérebro através de processos automáticos e não através da racionalidade como Smith e outros filósofos nos dizem. Esses processos podem variar a motivação e razão de um sujeito para agir de acordo com o estado atual do cérebro. Um cérebro que sofreu dano ou que não se desenvolveu corretamente, pode não conseguir chegar a uma conclusão que parece ser a melhor escolha para a maioria.
Dessa maneira o propósito do projeto é investigar essa relação entre cérebro e moralidade e compreender se: É possível fundamentar – ou mesmo contestar – o internismo utilizando-se de estudos da neurociência?