Banca de DEFESA: DENISE SILVA E SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DENISE SILVA E SOUZA
DATA : 09/12/2025
HORA: 14:00
LOCAL: PGHIS-UFSJ, formato híbrido
TÍTULO:

A resistência dos Franciscanos de Divinópolis, Minas Gerais, durante os anos finais da ditadura militar (1974-1985): ações e articulações 


PALAVRAS-CHAVES:

ditadura militar; CNBB; católicos progressistas; franciscanos; Divinópolis (MG)


PÁGINAS: 180
RESUMO:

Nos anos finais da ditadura militar (1974-1985), a Igreja Católica, influenciada pela teologia da libertação, se tornou uma das principais vozes contrárias as violações de direitos humanos e injustiças sociais. A instituição, representada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), passou a realizar críticas contundentes à condução política e econômica do país e às violências cometidas pelo Estado. Na cidade de Divinópolis, Minas Gerais, não foi diferente. Contando com a presença de franciscanos da Ordem dos Frades Menores, ações diversas de resistência à ditadura foram perpetradas pelos católicos no município. Diante disso, o objetivo geral desta pesquisa é compreender a atuação dos frades de Divinópolis inserida em uma rede mais ampla de ação da Igreja Católica no período, da qual tomava dianteira a CNBB. Mais especificamente, busca-se mapear o repertório de ação mobilizado por esses franciscanos, para compará-lo com a atuação de religiosos de outras localidades, operação que permitirá demonstrar o alinhamento das práticas desses católicos e evidenciar essa atuação em rede, bem como as conexões estabelecidas a partir dela. Além disso, para delinear o papel da CNBB diante do contexto, pretende-se compreender as orientações da CNBB ao clero naquele período. Como percurso metodológico, serão analisados e confrontados alguns conjuntos de fontes como os relatórios produzidos pela comunidade de informações da ditadura militar e edições do jornal A Semana e da Revista Santa Cruz, produzidos pelos franciscanos de Divinópolis, que apontam para as práticas de resistência dos frades naquele momento. Em complemento, serão observadas entrevistas com importantes personagens locais ou nacionais pertinentes a investigação, realizadas e publicadas em trabalhos anteriores ou sites de notícias. Ademais, no que se refere aos direcionamentos da CNBB, o foco estará no Plano Pastoral de Conjunto e nas Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil que foram produzidos pela entidade durante o período de nosso recorte temporal, materiais que permitirão dizer se as práticas dos católicos críticos estavam orientadas, ou ao menos legitimadas, pela entidade. A comparação entre a atuação de religiosos de localidades diversas é permitida a partir de revisão bibliográfica e da própria análise de relatórios da vigilância. Colabora com a investigação a perspectiva dos jogos de escala que em uma escala ampliada, já apontando para os resultados, confirma que os católicos progressistas, presentes em diferentes regiões, davam apoio a pessoas perseguidas, abriam espaços sob responsabilidade da Igreja, buscavam conscientizar a população e denunciar as violências estatais. Por outro lado, em escala mais aproximada, percebe-se que essas práticas foram aplicadas conforme a necessidade de cada localidade, a depender da intensidade da presença do autoritarismo no local. Quanto a CNBB, o que se percebe é que seu discurso e diretrizes seguiam o mesmo caminho crítico, o que certamente impulsionou às bases e os setores progressistas a manterem e intensificarem suas ações de resistência.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 001.841.120-79 - LEON FREDERICO KAMINSKI - UFF
Interno - 1920037 - EUCLIDES DE FREITAS COUTO
Externa à Instituição - JOSIANE DE PAULA NUNES - UEMG
Notícia cadastrada em: 25/11/2025 14:53
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