INFECÇÕES POR BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES EM PACIENTES COM COVID-19 INTERNADOS EM TERAPIA
INTENSIVA EM UM HOSPITAL EM DIVINÓPOLIS, MINAS GERAIS
Infecções por coronavírus, bactérias multirresistentes, IRAS
Introdução: O coronavírus ou Síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) foi
identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, na China, gerando uma epidemia
global, com grande repercussão clínica e sanitária, especialmente pela sua alta
patogenicidade e alta transmissibilidade. Apesar da maioria casos serem
considerados leves, alguns demandaram hospitalização, inclusive com cuidados em
Unidades de Terapia Intensiva. Estes pacientes muitas vezes acabam adquirindo
infecções hospitalares por bactérias multirresistentes pelo fato da fragilidade clínica e
frequente necessidade de uso de dispositivos invasivos para receberem o suporte e
tratamento adequados. Objetivo: O objetivo é avaliar a frequência de infecções por
bactérias multirresistentes e seus fatores associados em pacientes com diagnóstico
de COVID-19 internados em unidade de terapia intensiva. Métodos: Estudo
transversal realizado em um hospital privado em Divinópolis-MG a partir de dados
secundários e documentos do Serviço do controle de infecção hospitalar, prontuário
eletrônico e resultados laboratoriais dos pacientes internados no hospital na data de
2020 a 2022. Os dados obtidos foram analisados no programa EPIINFO. As variáveis
explicativas foram aquelas relacionadas ao histórico clinico e o desfecho foi o
diagnóstico de bactérias multirresistentes. Para busca de associações entre as
variáveis foi realizado teste qui quadrado e calculado odds ratio para cada uma das
variáveis categóricas. Foram utilizados modelos de regressão logística para as
análises multivariadas. Resultados: Dos 199 pacientes 61,3% tem idade menor que
60 anos, a frequência do sexo masculino foi um pouco acima do feminino, sendo o
primeiro 51,8%. 85% da amostra estudada tinha alguma comorbidade. O tempo de
permanência em hospital menor que 18 dias foi de 63,8% da amostra e o tempo de
internação em CTI menor que 10 dias foi de 58,3%. Os Óbitos representaram mais da
metade da amostra Conclusões: Os resultados mostraram associação entre fatores
individuais e contextuais na autoavaliação de saúde de idosos brasileiros, destacando
disparidades entre grupos e reforçando a importância de implementar políticas
públicas voltadas, especialmente, para melhorar a infraestrutura urbana, acesso à
educação, saúde e justiça social para reduzir as desigualdades observadas.