DA PLUMA AO MICROFONE: O SLAM DAS MINAS PRETAS VERSUS AS MAZELAS SOCIAIS E EDUCACIONAIS
Mulher Negra, Militância, Slam, Discriminação/Racismo, Representatividade/identidade
Falar sobre Mulheres Negras, utilizando o Slam como suporte analítico de sua trajetória social e acadêmica, nos possibilita encontrar caminhos para entender as lutas sociais por elas vivenciadas, enfrentando o abuso sexual e a repressão da sexualidade, o racismo e a discriminação que se entrecruzam em suas vidas. Sendo o Slam uma forma de expressão literária periférico/marginalizada, se aproximando da realidade de muitos estudantes brasileiros pela linguagem e, especialmente, pelos temas nela expressos podem se tornar um grande e valioso aliado na disseminação e dinamização (decolonialidade) de saberes intra/extra ambiente escolar (acadêmico). A discussão sobre as políticas públicas e ações afirmativas que envolvem essa parcela da população, também vem sendo abordada por sua relevante importância no que tange ao seu desenvolvimento socioeconômico,
sociocultural e sociolinguístico. Ao organizar o material selecionado em categorias como: i) recorrência temática, ii) campo semântico e vocabulário e iii) atores sociais implicados, faremos a análise de alguns poemas/performances apresentados nas batalhas de poesia. Utilizando uma abordagem qualitativa, buscamos meios para compreender as marcas socioculturais e sociolinguísticas que destacam seu lugar de pertencimento, além das estratégias de militância política e artística presentes nas batalhas de poesia (Slam). A metodologia utilizada para esse trabalho se apóia na abordagem dos estudos das representações sociais apresentados por Ana Célia da SILVA (2007) e amparada por Ione da Silva JOVINO (2013, 2005) e Nilma Lino GOMES (2017, 2002), Aparecida de Jesus FERREIRA (2018, 2015, 2006) e Djamila Taís RIBEIRO dos Santos (2019, 2017) que tratam as questões relacionadas ao
processo de ensino/aprendizagem, a identidade, a etnia e a raça.