CAMINHOS DA PERCEPÇÃO NA RELAÇÃO SOM E IMAGEM SOBRE A IMAGINÁRIA DE SANT'ANA: UM PROCESSO CRIATIVO TRANSDISCIPLINAR EM ARTES
Paisagem Sonora; Arte Sacra; Sant’Ana; Processo Criativo; Transdisciplinaridade.
Os sentidos da percepção, relacionando som e imagem são abordados nesta dissertação como forma transdisciplinar na via das artes em um processo criativo artístico. O fazer artístico dentro de uma abordagem transdisciplinar mostra-se, segundo Barasab Nicolescu, um “aprendizado em criatividade” e como ele ressalta “fazer também significa descobrir novidades, trazendo à luz nossas potencialidades criativas” (1997). O tema que envolve a subjetividade criativa, torna-se mais claro nesta pesquisa na medida que encontra uma base na obra do compositor e pesquisador canadense Raymond Murray Schafer e seu conceito de “paisagem sonora”. Ele destaca o desenvolvimento de uma percepção sensível, de melhor apuração auditiva aos sons ambientes e a sua relação com a qualidade e a recepção sonora e a experiência nessa relação com processos criativos e a improvisação. A Imaginária de Sant’Ana em suas manifestações iconográficas, Mãe, Mestra e Guia é o recorte que complementa a relação som e imagem nesta pesquisa. Para cada uma das iconografias de Sant’Ana foi produzido um conjunto de composições espaciais que podem ser definidas como o conjunto de criações artísticas transdisciplinares que relacionam som e imagem, poesia e desenho-partitura. Elementos com dinâmicas de criações e improvisações criam efeitos e sonoridades junto à paisagem sonora das cenas sob a inspiração de Sant’Ana. A experiência sensível em arte sobressai assim nesta pesquisa que se apresenta como forma de contribuição para novos processos criativos, onde a apuração da percepção dos sentidos da audição e da visão possam inspirar novos potenciais criativos e expressivos na linguagem da arte contemporânea, na recepção e em novas abordagens das obras de arte sacra, em sua comunicação entre passado e futuro e no resgate da força de sua presença artística atemporal.