MUQUIFOCA: construção afetiva, rizomática e criativa
Muquifoca. Museus. Museologia Social. Educação. Comunicação. Afeto
Narrar e analisar um carrinho de pipoca, que vira museu em 2015, nomeado Muquifoca,
foi o principal caminho dessa dissertação. Através da cartografia e da participação ativa
nos acontecimentos, estuda-se esse inusitado meio de expor acervos e memórias, que leva
o museu para além de seus muros, alcançando a comunidade e instituições e locais externos à
mesma. Analisamos as conexões que a Museologia Social incentiva, sempre se utilizando da
interdisciplinaridade como base, o que permite aos museus uma nova formatação, com liberdade
de fazer e desfazer, colocar e tirar, sempre dando voz a seus interlocutores, com diálogo,
preocupando-se com os problemas do território e seus moradores, fazendo arte, pensando em
urbanidade e sustentabilidade ambiental e social. A possibilidade de ter-se uma educação museal,
não formal, que incentiva a criatividade e a aquisição de consciência social, quando se consegue
ser critico, indagando a realidade vivida. A dissertação questiona o formato hegemônico e
eurocêntrico dos museus tradicionais, ao pesquisar sobre as possibilidades e certezas dos novos
museus do século XXI, que se preocupam com os seres humanos, suas relações e memórias. O
museu no carrinho de pipoca é inovador, provocador, libertador e transforma-se em importante
dispositivo educacional e de comunicação, como o auxílio dos seus mediadores.