ARTE ALIADA AO PENSAMENTO SAGRADO E PROFANO: A musicalidade do Largo do Carmo, em São João del-Rei
arte; música; sociedade; sonoridade; sagrado; profano.
A pesquisa analisa os aspectos culturais e históricos da musicalidade presente na paisagem sonora do “Largo do Carmo” em São João del-Rei, a partir do fenômeno do Sagrado e Profano na sociedade tradicional são-joanense. Inicia-se com uma breve abordagem sobre a ciências da religião no âmbito da interdisciplinaridade, a partir da definição de sacralidade e profanidade num determinado tempo e espaço e como se manifesta culturalmente na população. Com um recorte espacial que abrange a Praça Carlos Gomes, a Igreja Nossa Senhora do Carmo, o Cemitério do Carmo, a Sociedade de Concertos Sinfônicos e a Rua da Cachaça. Locais que servem de cenário para “crendices e rituais”, onde diversos grupos de música populares e eruditas compartilham do mesmo espaço formando uma sociedade cheia de anacronismos que nos remetem ao período barroco colonial e ainda permanece atuante nas tradições da cidade. Através da produção plástica com a materialização do processo criativo em uma série de pinturas intituladas como: “Tons e Sons sagrados e profanos de Del-Rey”, torna-se possível criar uma narrativa que transita pelas experiências sonoras encontrados tanto nas cerimônias litúrgicas da musicalidade sacra religiosa cristã quanto na música profana da zona boêmia da cidade. Com a esperança de alcançar bons resultados cujo viés é trabalhar a interdisciplinaridade em Artes, Urbanidades e Sustentabilidade, a pesquisa foi um modo importante de estabelecer a relação da sociedade com a cidade, que de certa forma, é produtora de conhecimento. Para entender como se dá às práticas do cotidiano e da organização do espaço nesse meio social é preciso delimitar um campo do saber e se dedicar a observação, pois, ao produzir arte-ciência estamos abrindo caminhos para novas aprendizagens e visões de mundo.