Árvore Sujeito e as Escolas Rurais no Município de Serranos - MG
Árvore Sujeito, Território, Natureza, Sociedade, Cocriação, Política Pública
Neste estudo, o conceito criado, Árvore Sujeito, se envolve com a análise crítica dos espaços das escolas rurais do sistema público de ensino e aprendizagem, no município de Serranos – MG, os quais, aqui denominamos de Territórios Cognitivos. Analisados em conjunto, Árvore Sujeito e Território Cognitivo, compõem os entendimentos da relação entre sujeitos, territórios e naturezas, a esta composição denominamos de Corponatureza. Atualmente esses espaços escolares rurais estão fechados e inoperantes, ou com outros usos, em decorrência do processo de nucleação escolar, desde o ano de 1996 até os dias atuais. Pergunta-se: 1. Estes espaços estão sendo ocupados? Se sim, com quais finalidades? 2. Há políticas públicas que prevêem investimento na manutenção, conservação e ampliação destes equipamentos públicos na zona rural, e para as atividades de ensino e aprendizagem nestas localidades? Como estão ocorrendo as relações entre as populações e os territórios, devido ao deslocamento imposto às comunidades rurais para a escola na sede urbana do município? Quem são os sujeitos dessas relações? Por meio da sistematização, ordenação e interpretação de dados; análise de resultado de ações experimentais e intervenções artísticas, deseja-se compreender como se dão as relações entre sistemas de governança, sujeitos, territórios e processos cognitivos. Busca-se refletir criticamente sobre as transformações socioambientais e suas consequências para as populações e para o território, em escala local, e suas implicações para a Natureza, em escala global. A experimentação metodológica transdisciplinar pautada no tripé: artes, urbanidades e sustentabilidade, estrutura o estudo da seguinte forma: 1. Pesquisa quali-quantitativa; 2. Revisão bibliográfica; 3. Intervenção individual/coletiva artística, agroecológica e cognitiva em espaço escolar público rural desativado do município de Serranos; 4. Envolvimento em parcerias para fins curatoriais em arte, cidade, natureza, agroecologia, filosofia e ativismo. A fundamentação teórica deste estudo parte das perspectivas da Cosmovisão Ameríndia, do Novo Constitucionalismo Latino Americano e do Bem Viver. Somam-se ainda as perspectivas históricas, arqueológicas, geopolíticas, ecológicas, econômicas, socioculturais, artísticas, tecnológicas e cognitivas, que contribuem para a reflexão sobre o que são: Territórios Cognitivos e quem é a Árvore Sujeito, dialogando ainda com a ancestralidade, o sagrado, a identidade e o pertencimento.