Banca de DEFESA: ISABELA MAIA PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISABELA MAIA PEREIRA
DATA : 19/02/2025
HORA: 08:30
LOCAL: https://meet.google.com/cny-togt-jhz
TÍTULO:

Bactérias láticas para alimentação de abelhas sem ferrão (Tetragonisca angustula)


PALAVRAS-CHAVES:

 

 Bioprospecção. Intestino médio. Metabolômica. Histologia.

PÁGINAS: 44
RESUMO:

 

 As abelhas polinizam mais da metade das plantas destinadas ao consumo humano, além de serem responsáveis, principalmente, pela produção de mel, propólis e cera. Dentre as espécies existentes, a Apis mellifera se destaca mundialmente, enquanto as abelhas sem ferrão, como a Tetragonisca angustula, são as mais abundantes nas diferentes regiões do Brasil. Atualmente, existem poucos estudos que demonstram os efeitos da adição de bactérias do ácido lático (BAL) na alimentação de abelhas e, a maioria deles, refere-se a Apis mellifera. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo a caracterização e identificação de bactérias provenientes do intestino médio de Apis mellifera e Tetragonisca angustula, para serem usadas na sua própria alimentação. Na fase de bioprospecção, foram obtidos 19 colônias bacterianas morfologicamente diferentes, mas apenas uma cepa demonstrou características de BAL. Além do isolado Bac6 – obtido durante o projeto –, os isolados Bac1, Bac2 e Bac11 – obtidos em estudo anterior – foram identificados por espectrometria de massas. Dentre elas, Bac1 e Bac11 foram identificadas como Lactiplantibacillus plantarum, enquanto Bac2 como Schleiferilactobacillus perolens, ambas pertecentes ao gênero Lactobacillus – considerada uma classe de BAL. Em contrapartida, Bac6 foi identificada como uma espécie de bactéria oportunista e questionável – Enterococcus hirae. Na análise histológica, não houveram alterações significativas na morfologia geral do instetino médio após a alimentação das abelhas com BAL, indicando que estruturas importantes – como as microvilosidades e a membrana peritrófica – não sofreram danos, o que sugere que o tratamento não causou efeitos citotóxicos. Na análise metabolômica de células do intestino médio, foram identificados 30 metabólitos diferenciais, em que 20 deles apresentaram diferenças estatísticas significativas. Houve o aumento de importantes açúcares, como D-glicose, D-frutose, D-turanose, além do aminoácido L-alanina, indicando que a suspensão probiótica contribuiu, de alguma forma, com o metabolismo energético das abelhas. Além disso, o aumento de ácido glucônico também indica efeitos benéficos do uso de BAL, visto que é um agente antimicrobiano natural e um importante componente do mel das abelhas. Apesar de serem necessários outros testes para comprovar o efeito da alimentação com BAL a longo prazo, esse estudo contribui para futuras investigações com abelhas silvestres, visto que são um grupo pouco utilizado como organismo modelo, além contribuir com novas concepcões para preservação dessas abelhas e a busca por estratégias sustentáveis para manuntenção do meio ambiente.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1757978 - DANIEL BONOTO GONCALVES
Externa ao Programa - 1719911 - JULIANA TEIXEIRA DE MAGALHAES
Externo à Instituição - JOÃO BATISTA RIBEIRO - EMBRAPA
Externo à Instituição - EDMILSON AMARAL DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 11/02/2025 10:40
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