SACARIFICAÇÃO E FERMENTAÇÃO DE BIOMASSA LIGNOCELULÓSICA DE SEMENTE DO AÇAÍ (Euterpe oleracea Mart.) VISANDO A PRODUÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO
Etanol segunda geração; biomassa lignocelulósica; Euterpe oleracea Mart.; manose.
A busca por fontes alternativas de energia que possam substituir os combustíveis fósseis e mitigar os impactos gerados pela aceleração do aquecimento global, impulsiona o desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias para geração de biocombustíveis. O etanol lignocelulósico obtido pela biomassa lignocelulósica de resíduos agrícolas, se apresenta como promissora alternativa. Nesse sentido, o presente trabalho propõe a avaliação, do processo de pré-tratamento, sacarificação e fermentação para produção de etanol a partir da biomassa lignocelulósica de resíduos de sementes do açaí (Euterpe oleracea Mart.), uma vez que esse fruto representa grande impacto social, econômico e ambiental para região norte do Brasil. Para tal, foi realizada a caracterização da biomassa in natura e após a sacarificação, estudos de pré-tratamento com ácido diluído e hidrotérmico, variando o ajuste de pH da biomassa com NaOH (2N) e com lavagem, seguindo de sacarificação utilizando-se a enzima comercial ROHALASE® GMP, da AB Enzymes. Os licores obtidos tanto após o pré-tratamento quanto após a sacarificação foram analisados quanto ao perfil de açúcares, por cromatografia líquida de alta eficiência. O pré-tratamento com ácido diluído, se mostrou eficaz na solubilização da hemicelulose. Novos estudos com o pré-tratamento hidrotérmico e a sacarificação devem ser feitos a fim de variar os parâmetros e otimizar o processo. Os resultados obtidos até o momento demonstram potencial de desenvolvimento de uma tecnologia de bioconversão de um dos principais subprodutos agroindustriais da região norte do Brasil com características lignocelulósicas em uma promissora fonte de energia renovável sustentável.