Banca de QUALIFICAÇÃO: DIEGO CARLOS ANDRADE PEREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DIEGO CARLOS ANDRADE PEREIRA
DATA : 22/03/2021
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/pud-fbfh-hqg
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DE SINAIS CLÍNICOS E QUANTIFICAÇÃO DE CARGA PARASITÁRIA EM CÃES NATURALMENTE INFECTADOS POR Leishmania infantum ATRAVÉS DO DESENVOLVIMENTO DE PCR EM TEMPO REAL (qPCR) E PCR DIGITAL (dPCR)


PALAVRAS-CHAVES:

Leishmania, PCR Digital, Cães


PÁGINAS: 33
RESUMO:

As Leishmanioses são enfermidades zoonóticas, com grande distribuição mundial sendo endêmica em vários países do mundo. Estão entre as seis doenças endêmicas consideradas prioritárias segundo a Organização Mundial de Saúde. A estimativa é que a incidência anual seja de cerca de 2 milhões de casos, destes aproximadamente 1,5 milhões causados por formas tegumentares da doença e 500 mil relacionados a forma visceral (WHO 2015). Nas Américas, o agente causador da forma visceral, são os protozoários da espécie Leishmania (Leishmania) infantum e a transmissão ao hospedeiro ou reservatório vertebrado, ocorre através da picada de dípteros da espécie Lutzomyia longipalpis (OPAS 2015). Descrita inicialmente como uma doença de âmbito rural, a LV vem apresentando uma mudança no perfil epidemiológico. O aumento dos casos em grandes cidades do país, demonstram a urbanização da Leishmaniose Visceral. Em Minas Gerais esta urbanização já foi demonstrada em cidades como Belo Horizonte, Montes Claros e Governador Valadares. Neste contexto, entre outros fatores, o cão aparece como um dos responsáveis por essa urbanização, uma vez que este animal é considerado o principal reservatório doméstico da LV (Silva et al., 2001; MS 2006) sendo assim, o principal elo da transmissão de Leishmania (L.) infantum aos seres humanos. A relação epidemiológica da infecção de cães e humanos por Leishmania infantum gera uma necessidade de estudo constante da relação entre o parasita e o hospedeiro canino, inclusive com o desenvolvimento de métodos e testes que permitam detectar e também quantificar a carga parasitária. Uma das características importantes desta doença é a forma assintomática em alguns cães. Estes animais representam um grande problema para a saúde pública, uma vez que, a ausência de sinais clínicos dificulta a identificação da doença e impossibilita a adoção de medidas eficazes no controle da LV (MACHADO 2007). Devido à dificuldade do diagnóstico clínico da doença em cães assintomáticos, é importante que testes laboratoriais sejam empregados na identificação de animais infectados com LVC. Atualmente, os métodos mais conhecidos e utilizados na identificação de cães doentes são os diagnósticos clínicos, parasitológicos, sorológicos e moleculares (Dotta SCN, LOT RFE & Zappa V, 2009). Atualmente o Ministério da Saúde recomenda o uso do teste TR DPP® em inquéritos sorológicos para a triagem de cães e o material biológico dos animais reagentes ao TR DPP® é submetido ao teste ELISA para confirmar a

infecção por LVC. Além dos testes laboratoriais utilizados para diagnóstico ou estudo na evolução da doença em cães, as técnicas moleculares passaram a fazer parte do aparato de diagnóstico da LV. Tanto a PCR convencional (cPCR) quando a PCR em tempo real (qPCR) podem ser utilizadas no diagnóstico. A qPCR tem a vantagem da sensibilidade, velocidade e diminuição da possibilidade de contaminação, no entanto com um custo ainda mais elevado. A PCR digital é outra ferramenta útil para diagnóstico e pesquisa de L. infantum. A diferença das outras metodologias é a partição da amostra de modo que a amplificação ocorra separadamente de modo que, dentro de um tubo ou chip, o material genético seja amplificado a partir de moléculas únicas. A Leishmaniose Visceral é uma doença em franca expansão, sendo considerada a forma mais grave entre os tipos desta doença especialmente em casos humanos não tratados, pois pode alcançar altas taxas de mortalidade. Portanto é cada vez mais necessário o estudo de técnicas que possam auxiliar no diagnóstico e entendimento desta doença, em especial em seus reservatórios domésticos. A compreensão da carga parasitária e sua relação com os sinais clínicos apresentados por cães naturalmente infectados por LVC pode ajudar no desenvolvimento de pesquisas e tratamentos para cães de modo a reduzir a transmissão da doença. Nesse estudo trinta e nove amostras clínicas de baço de cães foram coletadas após necropsia de animais confirmados como positivos. Todas as amostras foram analisadas através dos testes sorológicos (DPP® e ELISA), parasitológico e PCR convencional para determinar a espécie de leishmania. Duas ferramentas moleculares foram utilizadas para quantificação da carga parasitária de Leishmania infatum em cães neste experimento a qPCR e a ddPCR. As ferramentas desenvolvidas neste trabalho são importantes para a pesquisa de L. infantum em seres humanos ou em cães. Estudos sobre o curso da enfermidade continuam sendo importantes para elucidar os mecanismos de interação entre hospedeiro e parasita, assim como avaliar o funcionamento de tratamentos e vacinas. A PCR digital, por não necessitar de curva padrão e por ter fácil padronização, é uma nova ferramenta que pode gerar informações ainda mais aprofundadas no amplo debate sobre as cargas parasitárias e a patogenia da leishmaniose.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1544480 - EDUARDO SERGIO DA SILVA
Externo ao Programa - 1526269 - LEANDRO AUGUSTO DE OLIVEIRA BARBOSA
Externo ao Programa - 1084423 - RAFAEL GONCALVES TEIXEIRA NETO
Externo ao Programa - 1066935 - VINICIUS SILVA BELO
Externo à Instituição - EDUARDO DE CASTRO FERREIRA
Externo à Instituição - MATEUS LAGUARDIA NASCIMENTO
Notícia cadastrada em: 19/03/2021 15:35
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