Análise histomorfométrica do tecido cardiorrespiratório de ratos com doença de Parkinson treinados com exercícios físicos de alta intensidade
Parkinson. Desempenho Funcional. Treinamento Intervalado de Alta Intensidade. Coração. Músculos Respiratórios.
Introdução: A Doença de Parkinson (DP) afeta o sistema cardiorrespiratório causando maior massa ventricular esquerda no coração e fraqueza muscular respiratória comparado aos indivíduos saudáveis. Objetivo: Analisar as alterações histomorfométricas do tecido cardíaco e dos músculos respiratórios, além do desempenho funcional dos ratos com DP submetidos ao Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (TIAI). Materiais e Métodos: Foram utilizados 70 ratos Wistar, machos, com 40 dias de vida, distribuídos nos grupos com Parkinson (PA) e Sham (SH); subdivididos em grupos que realizaram o TIAI Antes da cirurgia (TIAIa); TIAI Depois da cirurgia (TIAId) e TIAI Antes e Depois da cirurgia (TIAIad). O exercício físico foi realizado antes e/ou após a indução da DP. Os ratos realizaram o exercício, 5 vezes na semana, por 25 minutos/dia, durante 4 ou 8 semanas. O desempenho funcional dos animais foi avaliado por meio dos testes passo em falso e barras paralelas. Para análise morfométrica do coração foi realizado o cálculo do peso relativo do coração, o diâmetro e a espessura do ventrículo esquerdo. A histoquímica da substância negra do mesencéfalo foi realizada pela coloração utilizando o método de Nissl. Os músculos do miocárdio, diafragma, intercostais e reto abdominal foram corados com Hematoxilina e Eosina (HE). O estudo da histomorfometria foi realizado com o programa Image J-Pro Plus para análise da área de seção transversal dos músculos e número de fibras musculares. A análise dos dados foi realizada com o programa estatístico GraphPad Prism 9.3, teste ANOVA one-way, seguido do post-hoc de Tukey (p<0,05). Resultados: A análise das patas traseiras com o teste de barras paralelas demonstrou que os animais treinados apresentaram melhora do desempenho funcional em comparação aos animais do grupo sedentário. A relação entre o peso corporal, o peso cardíaco e o número de cardiomiócitos não foi significativamente diferente nos animais PA e SH treinados. Houve aumento nas áreas dos músculos diafragma, intercostais e reto abdominal, nos grupos PA e SH treinados em relação aos sedentários. Conclusão: O TIAI proporcionou hipertrofia dos músculos respiratórios e do ventrículo esquerdo do coração, além de melhorar o desempenho funcional das patas traseiras dos animais com DP.