Banca de DEFESA: VICTORIA BESSA ALVARENGA LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VICTORIA BESSA ALVARENGA LIMA
DATA : 10/08/2022
HORA: 14:00
LOCAL: On-line
TÍTULO:

Estudo do efeito de extratos do Ginkgo biloba e da quercetina no ducto deferente de camundongo


PALAVRAS-CHAVES:

Fitoterápicos; Ejaculação precoce; Ginkgo biloba; Quercetina; Ducto deferente


PÁGINAS: 75
RESUMO:

As plantas medicinais têm sido utilizadas por exercerem um papel importante no que
tange à saúde humana. O Ginkgo biloba (GB) é uma das espécies de árvores mais antigas
do mundo. O seu extrato (GBE) é utilizado na medicina tradicional chinesa há cerca de
5000 anos, para tratar diferentes enfermidades. Já foi demonstrado, o efeito relaxante do
GBE em diferentes órgãos de musculatura lisa, porém, até onde foi possível pesquisar,
ainda não há trabalhos que demonstrem o efeito de extrato de Ginkgo biloba no ducto
deferente. O ducto deferente (DD) conduz os espermatozoides no momento da
ejaculação. Esse evento ocorre pela contração das células musculares lisas do DD, que
desempenham um papel importante na fase de emissão da ejaculação sendo que alterações
nessa contração podem levar a distúrbios ejaculatórios, como a ejaculação precoce (EP).
A EP é considerado o distúrbio sexual mais comum na população masculina,
caracterizada pela ejaculação que sempre ou quase sempre ocorre antes ou cerca de 1
minuto após a penetração vaginal. Assim, nosso objetivo foi estudar o efeito dos extratos
de GBE sob a contração do ducto deferente, uma vez que alterações nessa contração
podem estar associadas à EP. Para isso, foram utilizados camundongos Swiss machos
com 60 dias de vida. Os ductos deferentes (DD) foram isolados e imersos em líquido
nutritivo em um sistema de banho de órgãos. A estimulação da contração, no DD, foi feita
com cloreto de potássio (KCl 80mM). Após a estabilização da resposta contrátil, foram
realizadas outras curvas de KCl, porém na presença de concentrações crescentes de um
dos extratos de GBE (GB1 ou GB2) ou quercetina, um composto flavonoide presente no
GB. Além disso, o efeito destas substâncias também foi testado na presença da nifedipina
ou quercetina. Nossos resultados demonstram que os extratos de GB, a quercetina e a
nifedipina são capazes de inibir os componentes fásico e tônico da contração induzida por
KCl. O efeito de GB1, sob o componente tônico, foi potencializado na presença da
nifedipina. O mesmo acontece quando analisamos o efeito do extrato GB2, porém na
presença da quercetina. Quando comparamos o componente tônico entre os diferentes
grupos experimentais (GB1: Nifedipina+GB1 ou GB2: Nifedipina+GB2 e
Quercetina+GB2, observamos que, na presença da nifedipina ou da quercetina, a inibição
da contração causada por GB1 ou GB2 foi potencializada quando comparamos com a
inibição que ocorre somente na presença dos extratos. Diferente do que ocorreu na
comparação dos grupos Quercetina e Nifedipina+Quercetina, onde houve um aumento no
efeito inibitório da quercetina na presença da nifedipina sob ambos os componentes,fásico e tônico. Esses resultados indicam que GB1, GB2 e a quercetina são capazes de inibir algum mecanismo que pode estar envolvido com a geração da contração induzida

por KCl em ducto deferente de camundongo. Além disso, também sugerem que este efeito
inibitório não é dependente exclusivamente da inibição dos canais de cálcio voltagem
dependente. Assim, estes achados apontam que o GBE, bem como a quercetina, podem
ser estratégias farmacológicas para o tratamento de EP.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ADOLFO GARCIA ERUSTES
Externo ao Programa - 1908201 - JOAQUIM MAURICIO DUARTE ALMEIDA
Interna - 1811013 - LAILA CRISTINA MOREIRA DAMAZIO
Presidente - 2144084 - PRISCILA TOTARELLI MONTEFORTE
Notícia cadastrada em: 03/08/2022 12:23
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