Banca de DEFESA: RAFAELA DE MELO BARRETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAFAELA DE MELO BARRETO
DATA : 24/02/2022
HORA: 08:30
LOCAL: VÍDEO CONFERÊNCIA
TÍTULO:

EFEITOS DA APLICAÇÃO DE BIOGEL DE COLÁGENO HETERÓLOGO PEPTAN ® (SUÍNO E BOVINO) NO REPARO DE LESÕES CUTÂNEAS EM CAMUNDONGOS


PALAVRAS-CHAVES:

CICATRIZAÇÃO, REPARO DE FERIDA, SCAFFOLD, COLÁGENO, BIOMATERIAIS.


PÁGINAS: 20
RESUMO:

A pele é constantemente exposta a estímulos provenientes do meio externo que podem proporcionar alguma injúria e interferir na sua função de barreira. Portanto, mecanismos garantem o reparo das feridas, mas alguns casos podem originar cicatrizes patológicas que envolvem, dentre outros fatores, função e estética prejudicada. Com isso, inúmeras terapias estão sendo desenvolvidas para melhorar a cicatrização. O colágeno é um biomaterial com potencial para ser utilizado porque é abundante, biocompatível, biodegradável e capaz de auxiliar a migração e  proliferação celular, além de melhorar a deposição de matriz.  O colágeno também pode ser capaz de influenciar a resposta imunológica por meio de receptores inibitórios e dos efeitos indiretos da tolerância que influenciam a fase inflamatória do reparo de lesões cutâneas. Portanto, o objetivo do trabalho foi produzir um biogel de colágeno heterólogo (PEPTAN®) e verificar sua aplicação tópica sobre a ferida no dia em a lesão foi realizada e sua influência na inflamação e na deposição de matriz extracelular durante o processo de fechamento de feridas na pele de camundongos Swiss. Primeiramente foi realizada a caracterização morfológica e fisico-química dos biogéis de colágeno. Foram produzidos os biogéis: PEPTAN 1[1], PEPTAN 1[2], PEPTAN 2[1] e PEPTAN 2[2], que se diferenciam de acordo com a fonte heteróloga, suína ou bovina, e duas diferentes massas moleculares. A caracterização morfológica por MEV mostrou que os grânulos de colágeno suíno e as gelatinas, suína e bovina, possuem formatos variados, mas a maioria apresenta um formato arredondado. Os grânulos de colágeno bovino apresentam formato filamentoso.  Ao comparar o tamanho dos grânulos, têm-se que os colágenos suíno 5000, suíno 2000 e bovino 5000 apresentaram tamanhos estatisticamente semelhantes. O colágeno bovino 2000 apresentou grânulos menores quando comparado com o colágeno suíno 5000, entretanto, apresentou grânulos com tamanho semelhante aos colágenos suíno 2000 e bovino 5000. O tamanho dos grânulos de gelatina não apresentou diferenças com significância estatística. Os biogéis produzidos a partir destes biomateriais eram estruturados e porosos, sendo que os poros se formavam a partir de placas que se sobrepunham. Ao comparar o tamanho dos poros, foi observado que o biogel PEPTAN 1[2] possui poros maiores quando comparado com o biogel PEPTAN 2[2]. Os demais biogéis possuem poros de tamanhos semelhantes. A análise de DRX mostrou que os peptídeos de colágeno e as gelatinas mantêm a estrutura helicoidal do colágeno. Estes dados foram confirmados com a análise de AFM, onde foi possível observar a formação das fibras de colágeno. E por fim, a análise elementar por EDS demonstrou que em todos os colágenos e gelatinas utilizados para a produção dos biogéis detectaram C, O e N, sendo C em maior quantidade, seguida do O e N, componentes típicos de proteínas. Para avaliar os efeitos da aplicação tópica dos biogéis de colágeno heterólogo PEPTAN® no reparo de feridas cutâneas, foram realizadas análises in vivo. O modelo experimental consistiu na realização de duas lesões excisionais e uma lesão incisional na pele do dorso, sob anestesia. Em seguida, foi realizado o tratamento de acordo com o grupo experimental. O micropore que mantinha o tratamento tópico nas lesões permaneceu por 5 dias. Os animais foram eutanasiados 7 e 60 dias após a lesão e a cicatrização foi analisada macro e microscópicamente após coloração com H&E, Azul de Toluidina e Tricrômico de Gomori. Nas lesões incisionais, macroscopicamente aos 7d, o grupo PEPTAN 1[1] apresentou uma lesão esteticamente melhor, redução de fibroblastos nos grupos PEPTAN 2[1] e PEPTAN 2[2] , redução de mastócitos no grupo PEPTAN 1[2] quando comparado com o grupo PEPTAN 2[1] e Aos 60d, as lesões incisionais dos grupos PEPTAN 1[1] e PEPTAN 1[2] apresentam cicatrizes mais claras e esteticamente melhores, quando comparadas com o salina. As análises histomorfométricas demonstram que o grupo PEPTAN 2[2] apresentou uma maior deposição quando comparado com o grupo Salina. Nas lesões excisionais, aos 7d,  o grupo PEPTAN 1[2] apresentou uma menor área, ao passo que o grupo PEPTAN 1[1] apresentou uma maior área. Microscopicamente, a análise quantitativa não mostrou diferença estatística na contagem de leucócitos e mastócitos. Foi observado que o grupo PEPTAN 2[1] obteve um maior número de fibroblastos, quando comparado aos grupos PEPTAN 1[2] e PEPTAN 2[2]. Aos 60d, os grupos PEPTAN 1[1] e PEPTAN 1[2] apresentaram uma melhor deposição de colágeno quando comparado com o grupo Salina. O grupo Salina apresentou uma área de transição entre a lesão e a derme adjacente mais marcada e perceptível. Ao passo que os grupos PEPTAN 1[1] e PEPTAN 1[2] apresentaram essa transição mais suave. Concluímos que a aplicação de um curativo contendo o scaffold de colágeno heterólogo PEPTAN® melhora a cicatrização de lesões cutâneas, com um melhor remodelamento da matriz extracelular.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2104326 - RAQUEL ALVES COSTA
Interna - 2279745 - ERIKA LORENA FONSECA COSTA DE ALVARENGA
Interna - 2144084 - PRISCILA TOTARELLI MONTEFORTE
Externa à Instituição - TATIANA CARLA TOMIOSSO - UFU
Externo à Instituição - MARCOS AUGUSTO DE SÁ - UFMG
Externo à Instituição - THIAGO CANTARUTI ANSELMO
Notícia cadastrada em: 21/01/2022 09:05
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