Banca de DEFESA: GETULIO ANDERSON SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GETULIO ANDERSON SILVA
DATA : 28/06/2024
HORA: 08:30
LOCAL: Google meet
TÍTULO:

HISTÓRIAS DE VIDA DE EGRESSOS CONDICIONAIS E A EDUCAÇÃO FORMAL NO PRESÍDIO: DIREITO OU MÉRITO?


PALAVRAS-CHAVES:

educação formal, educação prisional, egressos.


PÁGINAS: 98
RESUMO:

Sob a perspectiva da criminologia, a criminalidade tem várias causas, como, por
exemplo, a desestrutura familiar, a evasão escolar, a influência da rua e amigos, bem como
aspectos relacionados à miséria, não obstante a pobreza não ser sinônimo de criminalidade.
Outro fator é o da reiteração delitiva que levanta críticas ao sistema carcerário no Brasil, cujas
instalações, higiene e a relação entre presos e agentes do sistema tendem a fomentar a
desarmonia e a reincidência. Com isso, os índices de reincidência são elevados e nos instigam a
refletir acerca da educação prisional, carente de constantes avaliações, com o propósito de
adequá-la à realidade das pessoas reclusas na busca de resgatar a dignidade da pessoa
humana. Nesse contexto é que surge a presente pesquisa com o fito de analisar e
compreender os reflexos da educação formal que ocorre no presídio regional de São João Del
Rei (MG) nas vidas dos egressos, considerando a seguinte pergunta de pesquisa: como se
insere a educação formal nas histórias de vida de egressos do presídio? A metodologia utilizada
foi a “história de vida”, tendo entrevistado dois egressos, ambos em liberdade condicional, por
meio de entrevistas semidirigidas realizadas nos ambientes dos entrevistados. Constatou-se
que ao entrarem no sistema prisional, os entrevistados não tinham o ensino fundamental
completo. Estudar para eles estava distante de suas realidades e não havia qualquer vontade
nesse sentido. No período em que permaneceram reclusos, voltaram a estudar e vivenciar a
educação como uma oportunidade de mudança em suas vidas. Observou-se das histórias de
vidas que as experiências com a educação formal aplicada no presídio permitiram que os
egressos passassem a ter uma visão de que a educação é um instrumento de relevância e que
deve ser estimulada na família, rompendo-se com uma cultura na qual a educação não era
vista como prioridade. Diante à realidade do sistema prisional, tem-se que a percepção de um
dos entrevistados é a de que a educação no presídio não é um direito, e sim, mérito. Para
ambos, o reencontro com a educação ocorreu no presídio o que possibilitou que um dos
egressos concluísse o ensino superior e o outro o ensino fundamental. Essa oportunidade lhes
proporcionou maior confiança, chances e dignidade ao retorno à sociedade. Este trabalho
sinaliza a importância de fomentar a educação de forma harmônica e simultânea aos grupos
tidos como vulneráveis, como as crianças e os egressos, como instrumento de combate à
criminalidade e ao mesmo tempo à reincidência.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ENILVIA ROCHA MORATO SOARES
Interna - 1881988 - MARIA EMANUELA ESTEVES DOS SANTOS
Presidente - 1169112 - PAULO CESAR PINHEIRO
Notícia cadastrada em: 17/06/2024 15:46
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