Cinema de Floresta: Educação, imagens e sons do cinema indígena
Cinema indígena, som, sonho, mata, sabedoria ancestral, educação.
O que se observa neste cinema nativo, que se expressa mais com o corpo do que com o intelecto, é apresentação de múltiplos mundos ao espectador. O sonho é constituinte de suas imagens e sons; as histórias de criação são perpassadas numa íntima relação entre natureza e humanidade, com todo tipo alteridade. O invisível se impõe ao sentirmos nos enquadramentos aquilo que transborda a espacialidade do olho câmera. Cinema de apropriação, com sofisticados escapamentos das dicotomias ocidentais, que bebe da sétima arte para nos fazer escutar as diversas vozes da mata. Muito temos a aprender com a sabedoria ancestral, muito tem a nos oferecer os indígenas que se apropriam do discurso fílmico contemporâneo e nos apresentam transcendência. O cinema indígena comparecido em contexto escolar, ou em qualquer outra forma de educabilidade, é formador, desde a quebra de paradigmas, como o conhecimento de outras naturezas, a viagens sensoriais dilatadas.