A escuta da terra.Assinaturas acústicas e educação no cinema indigenista
Educação, Som, Escuta, Cinema Indigenista
Este é um trabalho de Educação que aborda um tipo cinema que possui grande teor
colaboracionista no seu feitio entre indígenas e não indígenas. No entanto, o que esse
fazer junto ouve e projeta é como o auscultar dos corpos perpassa por uma íntima relação
de indissociabilidade e complementaridade com a natureza e seus elementos. Foram
analisados três filmes: Yvy Maraey, Tierra sin Mal, A Febre e El Corral y el Viento, os
quais foram vistos e revistos buscando examinar a dimensão sonora presente, ao mesmo
tempo em que se fazia a revisão bibliográfica e os conceitos que dialogavam com essas
obras. As camadas acústicas desses filmes demarcam, o fora de quadro, o invisível, o
insólito, as quedas, as iniciações, os múltiplos mundos e suas outras sonoridades para
além de suas formas já consolidadas. E por isso, a prática da escuta sensível das matas e
florestas é pervasiva, determinando outros modos de ser, de conhecer, de se relacionar,
designando um caráter pedagógico para essas iniciações que proporcionam viagens
sensoriais dilatadas.