OXIDAÇÃO ISOTÉRMICA A ALTA TEMPERATURA EM LIGAS DE ALTA ENTROPIA REFRATÁRIAS NO SISTEMA Al-Cr-Mo-Ta-Ti
Ligas de alta entropia refratárias; Oxidação à alta temperatura; Ensaios isotérmicos; Óxidos.
O presente estudo teve como objetivo analisar o comportamento à oxidação de ligas de alta entropia refratárias (LAERs) no sistema Al-Cr-Ta-Ti-Mo, visando desenvolver materiais com maior resistência a ambientes de altas temperaturas. Foram investigadas duas composições: uma liga equiatômica AlCrMoTaTi e uma liga 13Al19Cr20Mo31Ta17Ti, liga A e liga B, respectivamente por meio de ensaios isotérmicos a 1000 °C durante 20, 100 e 300 horas. Durante o ensaio foi avaliada a variação de massa das amostras, e as camadas de óxido formadas foram analisadas utilizando as técnicas Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia de Energia Dispersiva (EDS) e Difração de Raios X (DRX). Foi possível notar que os elementos com maior ponto de fusão, como Ta e Mo, concentraram-se nas regiões dendríticas, enquanto Al e Ti, com pontos de fusão mais baixos, se acumularam nas regiões interdendríticas. Com relação aos resultados de oxidação, a liga A ganhou menos massa e formou uma camada de óxido mais uniforme, fina e aderente, enquanto a Liga B apresentou uma camada mais espessa e aparentemente mais irregular, o que explica o maior ganho de massa observado nessa composição. Também indicaram a provável formação predominante dos óxidos TiO2 e CrTaO4, e possivelmente Al2O3 e Cr2O3. De modo geral, ficou claro que a composição química e a estrutura interna das ligas são fatores cruciais para definir a resistência à oxidação. A Liga A, com sua camada de óxido mais estável, mostrou-se mais promissora para aplicações em ambientes de alta temperatura. Sugere-se explorar novas composições de ligas, testar condições ainda mais severas (como temperaturas superiores a 1000 °C e tempos de exposição mais longos), além de avaliar o desempenho dessas ligas em atmosferas diferentes, mais próximas das encontradas na indústria.