Um estudo sobre diferentes técnicas de lubrirrefrigeração no torneamento interno em aços da série API 5CT
Torneamento interno; Sistemas de refrigeração; Vida da ferramenta, Qualidade superficial
Atualmente a usinagem tem sido o processo de transformação metal mecânica de grande importância e utilização, demandando vários desenvolvimentos de tecnologias que visam a melhor eficiência das operações. Como o avanço tecnológico, os consumidores exigem produtos com melhor custo/benefício, que na usinagem, impactam em ferramentas de corte com maior vida ou em redução de custos operacionais, como o não uso de fluidos de corte. Entretanto, em alguns casos, as necessidades especiais sobressaem à essas exigências, como a não presença de óleo de corte em produtos do setor de óleo/gás, tornando-se importante uma busca por técnicas que possam substituir as emulsões e aumentar a vida do inserto de usinagem. Neste sentido, este trabalho analisou o uso do sistema de ar gelado no torneamento interno de um produto em aço carbono do setor de óleo e gás, comparado com o uso da emulsão e o corte a seco. Para isso, foram avaliadas as respostas de rugosidade da superfície acabada, temperatura da região do corte, aspectos visuais do cavaco, desgaste no flanco do inserto bem como os tipos e mecanismos de desgaste que ocorreram em todas as três condições de refrigeração para um processo com parâmetros de corte fixados. Os resultados mostraram que não houve diferenças estatisticamente significante no acabamento superficial, porém houve leves diferenças nos aspectos visuais do cavaco e nos tipos e mecanismos de desgaste dos insertos. Já para as respostas de temperatura da região de corte e desgaste do flanco foram obtidas maiores diferenças entre o processo com corte à seco em relação ao corte com emulsão, sendo uma média de 141 ºC, enquanto do processo com corte com ar refrigerado para o de Emulsão chegou em 47 ºC. Estas diferenças de temperatura levaram o processo de torneamento interno com refrigeração à seco a obter um desgaste VBmax de 0,410 mm em duas peças usinadas, um desgaste com VBmax de 0,292 mm para o processo com uso de refrigeração com ar refrigerado e três peças usinadas e por fim um desgaste com VBmax de 0,332 mm e cinco peças usinadas para o processo que utilizou a refrigeração com emulsão.